O projeto de combate ao feminicídio, do Banco Vermelho, foi anunciado nesta segunda-feira (17) no Parque Potycana em uma ação de fortalecer a rede de proteção às mulheres, promovendo a denúncia e evitando a desinformação.
Na manhã de hoje, foi realizada uma audiência pública na Assembleia Legislativa para tratar sobre a violência feminina e a instalação do Banco Vermelho, que é para lembrar as mulheres mortas e será instalada em espaços públicos de grande circulação de pessoas. A ideia é divulgar os canais de denúncias e trabalhar para o feminicídio zero. O banco tem frases que estimulam a reflexão sobre o tema e contatos de emergência para eventual denúncia e suporte à vítima.
No Piauí, lutamos contra o feminicídio zero. Sentar é refletir, levantar e agir.
Atualmente há bancos instalados em diversos países como Estados Unidos, Espanha, Áustria, Mongólia, Austrália, Ucrânia e Argentina. O projeto foi lançado no Brasil dia 24 de março deste ano e Pernambuco o primeiro estado a abraçar a iniciativa.
Participaram da solenidade a primeira-dama do estado, Isabel Fonteles, a secretária estadual da Mulher, Zenaide Lustosa, a defensora Verônica Acioly, a diretora executiva do Instituto Banco Vermelho, Paula Limongi, o deputado federal Júlio César, além da participação de várias mulheres . A audiência pública foi proposta pela deputada Simone Pereira e entre as convidadas está a senadora do Ceará, Augusta Brito (PT), que atualmente é secretária de Articulação Política do governo do Ceará.
A secretária estadual da Mulher, Zenaide Lustosa, disse que 80% das vítimas foram mortas dentro de casa.
“O banco vem sensibilizar as mulheres contra o feminicídio”, disse que este ano já foram mortas 16 mulheres.
Paula Limongi disse que o Brasil é o quinto país que mais mata mulheres.
“A cada seis horas uma mulher é vítima de feminicídio. O banco vermelho vem ser um ícone democrático, de fortalecer a rede a favor do feminicídio zero” afirma.
A deputada Simone Pereira disse que o banco vermelho também vem combater a desinformação e estimular a denúncia e a rede de apoio.
A primeira-dama, Isabel Fontenele, ressaltou a importância da rede de proteção e dos canais de denúncias.
“Estamos abraçando a ideia exatamente no combate à violência contra a mulher e ao feminicídio. Muitas ficam intimidadas pela sua situação e estamos trazendo o banco vermelho, não apenas para encorajá-las para fazer as denúncias, mas também acolhemos essas mulheres para que elas possam viver com dignidade”, disse a primeira-dama.
Entre os deputados estaduais participaram da audiência apenas Georgiano Neto e o presidente da Alepi, Franzé Silva, que abriram a solenidade. O deputado federal, Júlio César, também participa da audiência.
Com Informações e Fotos do CidadeVerde.