Ucrânia sofre maior bombardeio russo desde o início da guerra, com 539 drones e 11 mísseis


A Ucrânia sofreu, entre quinta (3) e esta sexta-feira (4), o maior bombardeio desde o início da guerra, em fevereiro de 2022. O país foi alvo de 11 mísseis e 539 drones disparados pela Rússia, que feriram ao menos 23 pessoas e causaram destruição em Kiev e em algumas localidades. O ataque ocorreu logo após uma ligação entre os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Donald Trump, dos Estados Unidos, o que elevou as tensões e reforçou a percepção de que Moscou não pretendia recuar em seus objetivos militares.

De acordo com a Força Aérea Ucraniana, os sistemas de defesa reduziram 270 dos 550 vetores de ataque, enquanto outros 208 drones foram desviados. Mesmo assim, novos mísseis e 63 drones atingiram alvos em várias regiões, provocando incêndios em prédios residenciais, automóveis e instalações ferroviárias, além de danos à embaixada da Polônia na capital ucraniana.

Segundo o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, destruiu drones, em sua maioria do tipo Shahed, de fabricação iraniana, atingiram o distrito de Holosiivskyi e causaram incêndio em uma instalação médica. Moradores disseram à agência AFP que o ataque foi sem precedentes em intensidade e duração. "Nunca aconteceu nada parecido com este ataque. Foram muitas explosões", disse Timur, que vive na capital.

O ataque foi desencadeado poucas horas depois do telefonema entre Trump e Putin, realizado na quinta-feira. O presidente dos EUA afirmou que teve uma “longa conversa” com o líder russo, mas que não houve “nenhum progresso” para encerrar o conflito. Ainda segundo Trump, Putin reafirmou que a Rússia “não abrirá mão de seus objetivos” na Ucrânia.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que as sirenes de alerta antiaéreo obtiveram logo após o termo da ligação entre os dois mandatários. “Mais uma vez, a Rússia demonstra que não tem intenção de terminar com a guerra e com o terror”, disse Zelensky.

Estados Unidos

O contexto do ataque foi agravado pela recente decisão dos EUA de suspender o envio de parte das armas solicitadas por Kiev, o que, segundo autoridades ucranianas, compromete a capacidade do país de defender seu espaço aéreo e conter o avanço russo. Trump e Zelensky discutem deve o assunto em uma ligação ainda nesta sexta-feira.

Na quinta-feira, Trump voltou a culpar o ex-presidente Joe Biden pela situação dos estoques de armas norte-americanos, ao afirmar que “Biden esvaziou nosso país dando armas a eles, e temos que garantir que temos armas o suficiente para nós mesmos”.

O bombardeio massivo deixou pelo menos 33 localidades sob risco, já que os destroços de drones abatidos atingiram diversas áreas, ampliando a destruição e o temor entre a população. Até o momento, não há registro oficial de mortes.

Com Informações do UOL e Brasil 247

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